F.C. Outras Frequencias

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Marchinha Gessingeriana

Eles já falaram mais pra mim
Mas eu gosto deles mesmo assim
Que pena! Que pena!

(...)

Refrão:
“Quem viu, viu.
Quem não viu, creia-me: engatamos a 5ª marcha”


(...)

Ainda vou compor o resto da marchinha! Mas agora quero fazer uma “leitura otimista” dessa frase de Humberto no site oficial (www.engenheirosdohawaii.com.br):

A quinta marcha é a de velocidade e não a de parada. Isso faz sentido quando se toma emprestado um outro discurso de Gessinger: “o acústico é um ponto de partida.” Concatene-se tais pensamentos e pode-se chegar à seguinte conclusão: “Quero explodir as grades” – essas que as pessoas criam de me monitorar, o “karma” do auge no GLM e etc – “e voar...” Em outras palavras, é preciso deixar para trás a história passada da banda, pois ela fala por si... E no presente, simplesmente buscar a glória, a emoção desses momentos atuais. Em alta velocidade, na quinta marcha.

“Quem viu, viu!” Estávamos em câmera lenta, ruminando a idéia de oficializar um estilo derradeiro para a banda... A percepção das coisas, na primeira até a quarta marcha ainda é mais fácil aos sentidos. Agora engatamos a quinta marcha – a da velocidade, e vamos decolar, voar nesses “novos horizontes.” Quem puder ver agora, que veja! E quem poderá ver? Quem realmente gostar, independente do estilo preferido deles! Estes irão continuar vendo tudo – mesmo em alta velocidade!

Falando em “quem puder ver agora que veja”, uma lembrança de 1992 – Programa Livre 01, lançamento do Várias Variáveis: “Pode ter certeza que um dia a banda vai terminar... isso é a única certeza que a gente tem.” (Humberto Gessinger). Isso é aceitação da própria finitude! Completamente normal.

Mudança de formação ou não, é hora da quinta marcha.. “Dedo no gatilho, velocidade... quem mente antes diz a verdade.”

Vejamos o que será.. enquanto isso, comporemos e cantaremos – creio otimista - muitas Marchinhas Gessingerianas.

Saulo Henrique,
Aracaju-SE. Brazil

segunda-feira, 18 de junho de 2007

POESIA & PROSA, de Humberto Gessinger (*)

Poesia pergunta para Prosa: O que será em 2007?

Prosa responde para Poesia: “Acústico 2”.

Poesia exclama e questiona: Hum! Por quê "Acústico 2"? Vende mais eh?

Prosa responde: É um “ponto de partida”. Desde 2004 que as músicas encontraram seu “melhor formato.” O lance das vendas é com nosso Empre$ário!

Poesia retrunca: Sim, mas você disse isso, também, em 1993, no “Acústico Zero” (FGCA), e em 2003, mudou pra o Rock mais pesado dizendo que a “melhor performance” ao vivo era aquela (DnCm).

Prosa para e pensa: Hmmm... Pior que foi, é que depois li Mario Quintana, e ele dizia: “O pensamento chegou no outro pólo.” Achei isso genial, e as mudanças aconteceram naturalmente.

Poesia zona com a Prosa: Então podemos afirmar que esse "Acústico 2", ao invés de “ponto de partida”, será, como o “Acústico Zero” (FGCA), mais uma “fase”?

Prosa admite (encabulada): Talvez sim. É como o movimento de translação e rotação: uma hora por cima outra por baixo. Não tem como ficar num só sentido ou posição, né?

Poesia sarcasticamente fala para Prosa: Você devia sair em bloco no carnaval, o bloco “Camaleão”, do Chiclete com Banana. Nunca vi ser tão infiel ao que diz em tão curto tempo, e mudar tanto de formação, estilo, etc etc etc.

Prosa replica ironicamente para Poesia: Pouco tempo? Desde 1985, você quer dizer. Mas não, ano 2000 até que “eu tava aguardando pra quando o Carnaval chegar” (rssss), mas agora que meu pensamento "mudou de pólo", estou com a vibração musical girando “em outras freqüências” (De Roberta Miranda e Xavantinho pra lá).

Poesia admite e questiona: Pior é que você vendeu mais, não é?

Prosa responde: Eh! Acho que tem muito maluco como nós, que gostam de prosa e vibram em “OUTRAS FREQUENCIAS”.

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(*) Esse “post” é uma “homenagem” ao crítico André Forastieri, que em 1991, na Revista Showbizz, alegou que uma das maneiras de torturar alguém era pô-lo preso numa masmorra escutando Engenheiros do Hawaii, e lendo o livro “POESIA & PROSA”, de Humberto Gessinger. Tal “ironia” teve dupla conseqüência ao longo desses anos: 1) Engenheiros sobreviveu ao longo dos anos, a despeito da Showbizz (e o melhor, à margem deles – dos críticos e da “midi-ocracia” dominante!); e 2) “os exaltados heróis” importados que a Showbizz venerava, incluindo o crítico em comento, como Kurt Cobain (Nirvana), etc, morreram de overdose, ou se desintegraram. Enquanto que os EngHaw estão a “seguir viagem”. Há, detalhe importante: a Showbizz é uma “Revista falida” nos dias de hoje (2007)! – “Um pequeno veneno, pra cada um de nós” (“A Conquista do Espaço”/Album GLM, 1992) – que profecia de Gessinger para eles, hein?

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OBS: Oxalá a "storia" se repita e depois do Acústico 2 venha uma fase mais heavy! :)

Por: Saulo Henrique, Aracaju-SE, Brasil.

OUTRAS FREQUÊNCIAS

Outras Freqüências.”.. Não consegui imaginar outro nome mais adequado para nosso fã clube. Era o que vinha na minha cabeça. Salvador, Bahia, Brasil – terra do axé, da predominante cultura afro, do Carnaval, do batuque, da tradição religiosa do Senhor do Bonfim, dentre outras. Mas foi aonde nossos corações pulsaram em “outras freqüências” no dia 02/dez/2006, na Concha Acústica, ao som pop-rock-acústico dos Engenheiros do Hawaii. A terra do axé “vibrou em OUTRAS FREQUENCIAS”. Claro, nenhum nome, na Bahia, se adequaria melhor.

Os engenheiros? Sim, eles eram o pretexto perfeito para nos reunirmos. Criou-se ali, naquele show especial, um laço afetivo entre nós – fãs (baianos, sergipanos, cearenses, etc). No nordeste, há uma lição para o resto do Brasil: nosso calor é humano, mais que o das brasas de um Sol escaldante descritas na literatura de Euclides da Cunha (Os Sertões). Todos são bem vindos. Eu, sergipano de Aracaju, me senti mais baiano do que nunca, sem trair meu lugar de origem, meu amado Sergipe, minha linda Aracaju. Nessas horas, me vem na mente um desejo de Humberto, escrito em 1989 e revisto em 1993: “E que os muros (e as grades) caiam”.

Catástrofes naturais à parte, não é que o vento “minuano” começou a soprar na Bahia? Apenas cinco meses depois, nós, reunidos outra vez, dessa vez de forma mais coesa e organizada, no FTC. Era 19/maio/2007, dia inesquecível. Lembro de cada detalhe, de cada sorriso. Sim, sorriso. O Brasil está em crise, e nós estamos sorrindo – não da desgraça, mas porque ao som dos engenheiros nós aprendermos a tirar calor da frieza dos outros, alegria da miserabilidade que nos cerca. Não é aquela alegria falsificada, aquela que, como dizia Arthur Schopenhauer,o filósofo alemão, brota do “verniz social” que todos os homens e mulheres buscam exibir no meio social; não, absolutamente! É uma alegria sincera, de poder acreditar em algo maior do que os problemas que nos cercam (“problemas sempre existiram...”), esperança essa que está contida no som e nas letras delirantes dos Engenheiros. É um “alivio imediato”, ao menos.

Outras Frequências” é “mais um” fã clube? Não creio, mas respeito quem pensa diferente. Não é, assim como cada ser humano que o compõe não é igual (nenhum DNA é igual) ao outro, embora membros da mesma espécie. "Ninguém = ninguém." Pô, o Roger Waters fazia do Pink Floyd uma banda diferente da que é hoje; o Augusto Licks com Gessinger e Maltz fizeram os Engenheiros sobreviver às mutações dele mesmo, e ter uma espécie de "vida extra-corpórea" (maior do que os caras que o compõe, que entram e saem, etc), só possível graças ao áureo tempo do Power Trio. Assim também, nosso fã clube tem craques, seus gigantes, que o distingue não no sentido de ser superior aos outros, mas no sentido de ter sua originalidade, sua identidade, sua cara, suas raízes, sua arte!

Bem. As outras freqüências pairaram em Salvador, Bahia, e deitaram raizes num Fã Clube. Mas elas estão por aí, também, por todo o Brasil, pelo mundo, no coração daqueles que pensam parecido conosco e com os Engenheiros, e cujo foco, na infinita highway que temos ainda a trilhar nessa terra, é: “com a missão de cultivar raízes.”

Minha gratidão ao Serginho, idealizador do Blog, do Site, nosso webmaster e grande incentivador e presidente desse Fã Clube. Também sou grato aos membros da Comunidade Engenheiros do Hawaii na Bahia (Orkut). Muito obrigado pela consideração de sempre e por me acolherem, a mim e aos sergipanos e aos fãs de outros Estados, com o carisma que só o povo Baiano tem.

Por: Saulo Henrique, ex guitarrista dos Engenheiros do Hawaii Cover de Aracaju/Sergipe (1991-1993).